FREDY - diário de um ato(r)

traduzindo
em edição

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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

aventura para a Universidade Antropofágica Bixiga-Cinelandia



Aventura para a Universidade Antropofágica
Sair da alienação da função empregatícia
Aos homens calmos e ativos e não re-ativos



“Agora seu rosto se inflama / com esta juventude que jamais nos fugiu, / Com esta coragem que, cedo ou tarde, / Vence a resistência de um mundo inerte, estúpido, / Com esta fé que sempre mais elevada / Avança intrepidamente ou se curva ligeiramente, / Para que o bem aja, cresça, sirva, / Para que chegue enfim o dia dos nobres.”
G.

É muito importante que todos consigam realizar nos corpos a revolução da educação. Revolução do sistema de ensino, para um de troca. Da forma de obter conhecimento. Revolução não é o algo subterrâneo acontecendo escondido pra se fortalecer. Revolução é revolução, como diz Ernesto Guevara, e tem que estar em praça pública, de abscesso aberto.
Então indivíduos, Sacis, - saci é cupido, é o éros Brasileiro - os que se dispõem a dizer, pensar, fazer praticamente a universidade antropofágica, terão que se autor virar. Chegar no topo de sua montanha e ainda escalar a própria cabeça.

Esse é o primeiro momento. Marco zero.

Fóra com a cultura dada, que somos acostumados, a “cultura utilitária”.
Iniciamos um marco zero, que é o da universidade.
É preciso ir no cerne.
Nos indivíduos.
Descobre-se o que é UNIVERSIDADE;
UNI da unidade;
o uni-verso.
Versos das unidades de comunicação
para outros universos
vivendo outras universidades.
Todos uni-versos.
Fazendo do corpo do homem não uma máquina de espera, de mofo, de reflexão, bipolar, historicista. Mas de ação. De planetas. Cada corpo um cosmos, uma galáxia.
Óbvio, nesse processo de descoberta a descoberta é o poder em si, por trazer alegria da emoção das descobertas. A alegria dos que não sabem e descobrem. Aqui Dulcina e Oswald dão-se as mãos.
Então não devemos nos reduzir à funcionalidade; a uma função que o desejo ou o instinto nos deu. De que natureza? O caráter é feito na descoberta da história e da feitura desse filme. Isso ficou claro quando nas ocupações no Dulcina cada vez mais tínhamos que ter uma responsabilidade e conhecimento da história do teatro, conhecimento político mesmo, pra poder ativar aquele espaço. Não bastava - ia ficando claro - apenas ir pra porta. Assim cada um descobriu em seu corpo o poder de renascer outro corpo. Se não virou outro corpo, pelo menos viu, conseguiu ver a projeção.
E sem estrutura, sem material, na rua. Começando do Zero.
No Bixigão, há material, há uma casa, há outras pessoas para o phoder de trocar. Portanto é imprescindível que cada um se liberte de algumas amarras, e vá pra conquistas de um vôo próprio, sozinho. Sozinho não no sentido Americano imperialista, do faça por si mesmo e se terá a conquista. Porém vôo de antropofagia, de digestão, mais no sentido da aventura exogâmica, como dizia Oswald de Andrade e Osvaldo Costa. A aventura individual dentro do coletivo. É preciso ser uma unidade produtiva para isso.
Unidade Produtiva.
Em outras palavras, o indivíduo que não é somente um repositório para as idéias dominantes de uma época; ao contrário, a sua virtude reside exatamente em que ele pode efetivamente, das entranhas, pensar a sua própria experiência e produzir a partir dela novas visões e manifestar novos comportamentos.
Como ator, na busca do trabalho virtual com meus parceiros, não poderei, nem poderia ficar esperando e apenas refletindo como seria a edição de nossos filmes se alguém editasse. Não. Foi preciso que eu senta-se a bunda na cadeira enche-se o saco do Yoda pra logo depois poder me livrar, tornando-me unidade produtiva de qualquer coisa ligada à vídeo na Casa-Bixxigão. No Ponto esse é o Ponto. Posso praticar meu estudo pessoal de ator, ao mesmo tempo fazer caminhar a parte de vídeo do grupo, óbvio não só editando, mas pensando e refletindo na ação minha atuação e encenação, fazer outras edições para o Bixigão ou qualquer outra coisa. Não me torno um editor. Torno-me um atuador que está dilatando a questão do ator. Estou estudando. Be-actor. Be-actriz. Beatriz. Que se resume não apenas em falar decorar textos. Não! Mas a expansão da informação da comunicação em linguagens ainda hoje virgens, novas, indefinidas... por isso frescas, saborosas, sem formas. Corpo sem órgãos.

O mesmo para músicos, produtores e o que for.

Porque isso? Essa independência? Não nos fará perder a qualidade?
Mas respondo perguntando: qualidade de que? De que padrão? Temos que sair do estado de escravidão, da relação de empregado, da relação medíocre que começa na escola. Da pirâmide. Do padrão.


Nietzsche aponta os vários obstáculos que a ‘cultura utilitária’ da sua época antepunha à ‘autêntica cultura’.

Em primeiro lugar, o ‘egoísmo dos negociantes’, com sua máxima que reza: ‘quanto mais cultura, mais produção, mais lucro e mais felicidade’, quer dizer, é preciso formar para que a cultura faça ganhar dinheiro e o dinheiro faça feliz.

Em segundo lugar, o ‘egoísmo do estado’, cujo objetivo é formar para adequar estudantes às instituições existentes, ou seja, integrá-los através de um aprendizado adequado e de uma profissão oficial para assim gerar conformidade neles.

Em terceiro lugar, o ‘egoísmo’ dos entediados e torpes que buscam na ‘bela forma’ um modo de se consolarem do conteúdo de fealdade que encontram em si próprios.

Finalmente, o ‘egoísmo da ciência’ dos ‘servidores da verdade’, isto é, dos eruditos conformados que detestam lidar com o sofrimento e cuja aridez, estreiteza e vulgaridade do pensamento os levam a odiar também e por isso a filosofia.

– Em suma: nem os negociantes, nem os funcionários, nem os eruditos, nem os filisteus da cultura podem de fato compreender os fins de uma cultura autêntica, exatamente porque estão comprometidos com objetivos que são totalmente estranhos e contrários a ela. De fato, a elevação da cultura exigiria, segundo Nietzsche, novos objetivos, novas instituições e uma revisão total das noções que até então orientaram a promoção da cultura: quer dizer, exigiria lutas e combates inauditos.

O único meio de superar estas condições adversas da idade moderna a uma cultura autêntica e superior – Antropofágica - só pode vir do exercício da reflexão filosófica, do estudo da filosofia, não certamente a filosofia que é destilada nas universidade e nos estabelecimentos de ensino em geral, mas uma filosofia que seja a manifestação direta e sofisticada da natureza que quer tornar a existência inteligível, para que somente assim ela própria seja redimida da sua cegueira e da sua loucura nos homens extraordinários e superiores. Cultura como fruição da vida. Não como reação ao sofrimento, à dor, a cultura como resistência. Mas como fruição da existência.
A primeira e principal exigência da filosofia é a ‘liberdade’: liberdade diante do Estado, da economia, da religião, enfim dos valores estabelecidos e dominantes, uma condição que, segundo Nietzsche, estava totalmente ausente nas instituições destinadas à educação, uma liberdade que só pode ser alcançada na luta contra os baluartes da mediocridade e os seus seguidores, uma luta que precisa ser travada exatamente numa época que parece não dar mais qualquer importância à liberdade e à reflexão filosófica.
Agora.
E parece prosseguir no Brasil, a mesma cabeça, a mesma forma de relação social sobre a produção da cultura. Por isso é preciso desalienar-se como artístas, educadores, ser segmentado. Que tem uma função simplesmente. Aqui está o limiar para uma aventura exogâmica, ou o da alienação do indivíduo na massa, em grupos, ou do individualismo ignorante ao movimento do vivo, ao ‘paul do movimento’. Expandir o poder da transformação. Do encontro para manifestar novos comportamentos. Jamais esperar. Ninguém espera ninguém. Unidade produtiva em aventura exogâmica.
Nesse passo, a casa do Bixxigão é base de treinamento, aprendizado, pra descobrir o sentido da seta apontada; de arco ainda frouxo. Tese o arco encontre um alvo; solte. A universidade Antropofágica. A caça. Medo? É o feto na vida aquosa da geração. Sentimento inaugural. Novos comportamentos.
Unidade produtiva. Já. Na Agora.

Se não o passo vai ser difícil de dar.
E do avião decolar.

Não.

Coração aberto para o panorama de análise.

MERDA

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

P.I. - 2

Qual o medo
que trava é essa
de falar
mesmo,
com quem estiver?
Insegurança do texto?
Ansiedade?
Ine’x'periencia?
Falta de cara de pau?

Ah!
Se colocar.

Talvez seja esse
o medo no teatro em geral,
e generalizado.
As pessoas que fazem
não terem coragem
de se colocarem mesmo.
Sem crítica
de bílis mesmo.
Mas porque?
Porque dói?

Vou meditando.

(ensaio de Cacilda!! sobre o foco do ator no olhar)
visite tbm
www.movimentodulcynelandia.blogspot.com
e
http://blog.teatroficina.com.br/

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

P.I.

P.I.
Se conhecimento fosse…tudo.

Quanto mais embasamento, conhecimento, de mil formas, sobre a situação, o tema da peça, a personagem, mais o ator pode tomar uma atitude mais refinada para se chegar não a uma forma perfeita mas, para que o texto esteja vivo na ção e em ação possa ser colocado. Para cantar, tocar, atuar, falar, tudo que for da produção viva para comunicar: Teatro.

Isso e ir para a prática; que irá demolir tudo isso.
Desmoronas na ação.

Fredyn
(CACILDA!! Sobre a música-fala-cantar para esse teatro em busca e emoção das descobertas)

http://blog.teatroficina.com.br/
www.movimentodulcynelandia.blgopsot.com

domingo, 12 de julho de 2009

AFIRMAÇÃO FIRMAÇÃO



Zé afirma, tem que ter o desejo.

Tem que ter.

Mas desejo para o teatro basta?
Pergunto de coração aberto.

O teatro pede toda a superação
-super-ação-
da nossa pessoa, do nosso ser, para um DOUM.
Abandonar, entregar e reassimilar coisas
não são tão simples;
são bem doloridas.
Assim é de se acreditar
que o desejo não sustenta.
Desejo do que?
de um lugar comum, bom, alegre?
Ele não está em um lugar desejado; ele está na ação.

“...Contra toda a prudência e o bom senso”

Essa peça poderia tratar do desejo, evocar os desejantes;
então escreveria aqui toda a força de ligação que tem a peça com o trabalho do qual sou amante – Dulcina - e que é uma continuação ou extensão, ou mesmo algo que faz parte da questão real que a peça traz no todo e que não sei explicar ou dançar por não saber o roteiro dela, ainda e etc.
Porém

Acredito,
-na impressão desses quatro dias-
a peça ou esse momento para montar,
não pedir o desejo.
Ela coloca em 'questão' o desejo.

“Dos teus desejos claros, a senhora entende,
do contrário não teria impulsos.
Cabra cega sem rumo.
Olho sem tato.
Tato sem vista.
Ouvido sem mão, nem olho
O próprio olfato
a parte mais decente de qualquer sentido
não pode se extraviar tanto assim!
Inferno! Rebela-te!”

Ela pára no valor do desejo.
Tanto que a atriz,
está a vagar pelos teatros,
pelos lugares,
vivendo seu vôo da busca e
da emoção das descobertas.
Nosso foco é seu foco;
e ele está no final da peça;
como teremos que começar.

Olhando o fato
Sem a época, a história
fica o encontro do teatro a ser feito e que será.
E assim devíamos partir,
é um chamado.

Sinto, senti,
muita falta da questão do entorno do Oficina,
do teatro de estádio,
até mesmo da universidade,
dentro da dramaturgia.
Mas se partimos do final como sub-texto,
o teatro que queremos e que será feito,
então pronto,
temos o primeiro estado nosso para atuação.
Se a peça , como diz Marcelo,
dá a impressão de ser de um grupo,
não parece ser um grupo 'de' teatro,
mas um grupo 'do' teatro.
A questão é :
qual teatro que queremos?
E daí descobrimos o teatro em que estamos.

Ao mesmo tempo o teatro que queremos,
que se 'deseja',
é o teatro que se precisa;
digo o teatro que 'se precisa',
no sentindo linguagem ou estética,
mas antes
de força para o que é o teatro,
-e que dará a linguagem e/ou a estética-,
de cada hora ter que estar e passar por lugares;
e como você carrega isso
contribuindo pra aquilo que se chama
TEATRO. Ter público. E enfim, Comunicar. Encontrar.

Assim senti para começar essa peça,
para esse mais que desejo
a 'coragem' de montar
essa peça que fala dessa formação
de auto elevação,
auto escalada sobre si mesmo.

Esse grupo pode ser mil ou seis,
mas o acordo comum é o trabalho
para o teatro,
eterno,
e daí sim todos se colocam,
e começa o jogo!

Toda a peça soa a fala da 'resistência'
pra essa coisa chamada Teatro.
E quem vive e coriféia e propõe o olhar sobre o teatro
é Cacilda.
É dela a nossa câmera-visão.
Ela foi. Esse impulso vis a tergo pegamos
E vamos com ela

Como se fosse uma imagem mais ou menos assim:
Existe
o Teatro.
Imagina a legião desse teatro vivendo-agindo coro!
E de repente
um indivíduo vai traduzir o teatro para aquele momento.
E quem desponta desse coro,
dessa legião,
desse qorpo-coro-santo que mantém o teatro
é
CACILDA,
poderia ser outras atrizes do teatro,
mas não
É
CACILDA!!!
Ela desponta-destaca dessa legião-qorpo-coro-santo
contínua com o teatro,
esse corpo-santo que vive o que ela caminha e percorre,
e vive de ser mesmo,
de ser CACILDA,
do coro de ser, prédios, outros personagens
que despontarão também dessa legião.

Por isso é uma peça de coro se fizermos o corpo se tornar santo mesmo.
De coragem de resistência por passar internamente o percurso da coriféia
representante de uma música já feita do teatro
e que revivemos não como um quadro
pra se emocionar com ele,

se identificar

mas pra agir sobre ele;

'sobre' no sentido de estar en-cima mesmo!
De pegar! De chegar!
É a peça do teatro que precisamos hoje.
É a peça que fala dos atores que precisamos hoje.
Ou que teremos amanhã.
De novo!!!!!

Não basta apenas atuar na peça
cumprir seu papel porque tem patrocínio ou qualquer outra coisa.
Realmente
É o princípio
E assim o movimento real pela busca do Teatro que se precisa,
se mostra depois do desejo...
Que é concreto,
basta olhar dia a dia a destruição do entorno do Oficina.
Que algo mexe.
É peça de universidades.
De cacildados, dulcinados, jacintados ou o que for
e pra rebelar-se contra os 'ados'...
mas como jogo.
Máscara. A luta é para o teatro hoje.
Mais que traduzir a peça belamente,
Buscar em expressão a ligação do teatro mesmo,
desse grupo.
Desse encontro.
Que então coloca o desejo em outro lugar
sai do indivíduo
e o desejo terá
que ser simplesmente
de se desejarem
Para fazer a escalada juntos.
Que seja esse nosso te-ato.
Assim colocaremos a peça de teatro num estádio,
pois a coriféia a música a íris
CACILDA,
veio desse qorpo-coro-santo .

Como quando ANA colocou e propos o cabra-cega,
porque a produção,
o líquem estava sendo feito na concentração.
A ponto dela despontar!!!
Ressuscitar!
Como vyu
Syl;
e é essa sacada que fará a peça ser de coro,
ser musical
de jogar de ser de estádio mesmo,
de universidades livres...
Ser leve e ser bela!

Não importa coletivamente, se pra mim é importante saber que algumas peças que CACILDA fez foi Dulcina quem fez primeiro...não importa...não importa!

O que importa
somos nós
passando por essa peça,
e passar por essa peça é buscar o teat(r)o novo,
de formar mesmo;
não escolarmente, universiotariamente...
Mas de predisposição pro TE-ATO mesmo.
Pra brincadeira. O nosso sério do teatro.
E não há concentração conquistada que irá morrer se for encontrada.
Não há cansaço que fará a cabeça falhar.
Pois o cansaço está no próprio teatro que deve ser superado.
Duzentas ou vinte páginas, 3.200 de altura
é a ligação que vai traduzir.
Então vamos traduzir e fazer o teatro hoje,
refleti-lo mesmo,
politicamente, artisticamente, moralmente...
é comilança.
uma revisão
uma parada no valor dos desejos.
A bifurcação da estrada da vida.
Qual teatro?

E cantar né (?)
esse prazer (!)

To apaixonado
de encontrar
uma peça que traduz
a luta a ser
e sendo
feita.
A peça da atriz
do atuador
que vai olhar o entorno.

Prosa de subtexto de um primeiro passo interno

Há a força do teatro, e o teatro hoje.

Morto?

MERDA

impressão prosa declaração de amor dessa leitura
com tudo de contribuição de todos pra entender
através de CACILDA!!!
esse agora
de volta de novo pro ninho
“Não é loucura
o que eu falo.(...)”
MERDA
Fredynho

aos companheiros de formação!
11/07/2009

domingo, 5 de julho de 2009

SERA QUE ESPERO? DE ESPERANÇA. NÃO. SERIA COMO SE OS LIVROS GANHASSEM SIGNIFICADO SEM PRECISAR LE-LOS.
O ABANDONO SÃO TANTAS E DE TANTAS É TÃO SUTIL QUE ENGANA ATÉ O QUE QUER SE AUTO ENGANAR DE APAIXONADO.
NEM SEI ESCEVER OU PENSAR COMIGO E PRA MIM. MAS PENSO SEMPRE EM MIM. OU EM MIM A PARTIR DO QUE SERIA DE MIM BOM PARA UM JULGAMENTO DO OUTRO. UM LIXO COM NOME PRA SE LEMBRAR DE MIM.

ESPERO DE ESPERANÇA, SIM. MEUS OLHOS ESTÃO TÃO FECHADOS. NEM ENXERGO. AS VEZES SINTO QUE QUERO FICAR ASSIM. ESPERANDO. COMO SE NÃ SOUBESSE O QUE VIRÁ. OU O QUE NÃO VIRÁ. ACREDITAR NA PALAVRA. TÁ TÃO DIFÍCIL. TÃO DIFÍCIL QUE ME FAZEM DESCRER DAS PALAVRAS DE MEUS PENSAMENTOS, SOMBRAS DOS MEUS SENTIMENTOS.
la vem meu companheiro
solidão
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSCKrETDOLZHTAnh3A7GFuRaMz7_7qvlKIet7ggfy0Az0pqlspMtCAjH9d2_3HLg_lGkGM6YvJFizSBlhlFrujKPSxayekgZnImIAbK7EIfObz1ZoDerNuQOEZnZQqq1qAyAxs9hkXZ4I/

domingo, 7 de junho de 2009

DILATAÇÃO 1

1.

NADA PIOR QUE ESPERAR O MELHOR. ESPERAR. DE ESPERANÇA. CADA AÇÃO CADA DEDO NO BOTÃO, CADA CORTE, CADA ENCONTRO. INVESTIR É A MERDA. A META. ACREDITAR. NO PÓS O PÓS. CADA HORA UM PINGO UMA VIRGULA... MALDITA RETICENCIAS.

ARLES

sábado, 9 de maio de 2009

domingo, 12 de abril de 2009

Escrevo a vocês minha agonia e paixão

truncadamente tento

MERDA

cidades cidades



Uma prosa.

Olá a todos

Serpentinas!!!


Venho aqui para falar com cada um desse email-comunicador.
Envio a vocês essa prosa, pois cada um aqui eu já conversei filosofei sobre o que agora vou tentar falar.
Que é a questão da lei Rouanet nos corpos a se mexerem.
Ou melhor, sobre os corpos a se mexerem para mexer a lei.

Participei a alguns dias atrás aqui em São Paulo da reunião entre MINC, FUNARTE e "trabalhadores de teatro”
que na verdade era uma comissão, onde se dizia serem umas 40 entidades. E ali elas se apresentaram não só como entidades, mas como segmentos artísticos, e cada segmento representavam os grupos envolvidos.
Na reunião falavam em nome da “arte do país” alguns desses artistas e mobilizadores da reunião assim como da ocupação na FUNARTE de SP feita alguns dias antes. - Ocupação que acabou atrasando a reunião sobre os pontos de cultura mas isso fica para o passado. Há coisas importantes que tocarão nela de novo. -

Basicamente, duas coisas; uma é que São Paulo me deixa eufórico e um tanto animado quanto a articulação entre artistas para debater a lei Rouanet, como todos sabem de nível nacional. Isso não vi em nenhum momento no pouco tempo que estive no Rio ano passado. Em São Paulo a discussão vai pro concreto da lei, sua mudança, melhora ou, o que for. Porém uma outra coisa faz cair por terra essa agilidade de mobilização. São esses grupos se intitularem a cultura do país. E é aí que é bizarro. Mesmo que esses grupos sejam por enquanto os únicos a se articularem, eles esquecem que fazem parte de um bem pequeno trecho do país para o que seria a verdadeira distribuição de verba para o país inteiro. E mesmo assim falam e tomam partido da lei como representantes da cultura do país. Você não vê nesse grupo a mobilização de chamado para outros grupos ou até mesmo indivíduos. Pois arte se faz nessas atmosferas. Alguns trabalham em coletivos, outros sozinhos e todos para o mesmo fim - assim espero - que é atingir um público X. E o que mais ouço é “...atingir o entorno de onde atuamos...”. Quem comparecer a essas reuniões logo vê que é simplesmente um grupo dentro desse coletivo de grupos que decidem; porque entendem ou... Acho louvável a liderança, mas, repito, existem várias idéias e novas formas e muitos indivíduos também trabalhando ou necessitando trabalhar através de leis e editais. E como criar coalisão, re-ligação e não movimento(?), porque ninguém se movimenta. Seria importantíssimo se esse grupo que tem mais de 40 grupos e entidades se juntassem para difundir as questões sobre a lei Rouanet aí sim daríamos um salto. Estimular os teatro e grupos do país a se articularem. Mas eu vi e vejo simplesmente um núcleo em busca do seu e para seu núcleo. E o mais importante nesse momento é o país todo se mobilizar, não só pela melhoria da lei Rouanet como para a PEC-150, o fundo da cultura e seus desdobramentos e por aí vai.

Entender melhor. Entender de verdade.
Por isso venho aqui para pedir revogar clamar gritar e dar esse chute para que todos participem.

Conseguir se mobilizar onde estiver para reuniões e entendimento da proposta do MINC para a lei, as propostas que saem daqui de São Paulo... E fazer isso em encontros organizados pela FUNARTE como está sendo feito aqui. A FUNARTE se propôs em São Paulo, através da Ester Góes que dirige os espaços da FUNARTE em São Paulo, ceder o seu espaço na Santa Cecília para discussões e reuniões gerais, todas as áreas, e os segmentos separados; reuniões de busca da identificação do segmento dentro da lei e etc. E não sabendo, volto a questionar o que isso tudo vai ter de positivo se só essa cidade por enquanto, só por esses grupos se articularem e se mexerem. A dinâmica da produção de outras cidades são particulares. As experiências tem de aparecer. Participações. Senão elas ficam na sala de visita. Ou em reclamações em botequins sobre a lei. Não dá pra os artistas na hora de meterem a mão na massa virarem comadres a ficarem em casa lendo seu livro ou vendo tv.

É preciso ir lá, mexer, futucar e contribuir, principalmente contribuir. É um momento bem importante que ganha significado e mais importância quando nós damos a ela o devido valor, e é o valor do nosso "trabalho"; ou melhor, da nossa "criação". Essa lei que irá e está sendo mexida ficará conosco por alguns mais 18 anos. E é agora a hora métrica de botar idéias para funcionar e estimular um revigoramento da lei. Parar de reclamar. Porque também por mais que lutemos sempre teremos os tetos para perdermos o conquistado.

É uma luta maior, de uma amor maior.

É preciso todas as cidades, - pelo menos que inicie com as que tem FUNARTE - reivindicarem reuniões e que a FUNARTE seja um pólo comum de comunicação. Que a FUNARTE encurte a distância dos estados e cidades, criando um fórum de transformação para a Rouanet. Sem a moleza falsa da democracia mas a dinâmica criadora de artistas e o sistema. Sem chororo. Que é o que mais vejo. E os que não reclamam se juntam em blocos monolíticos e que farão a diferença na re-feitura dessa lei entre outras. Nada contra eles, porém a favor de todos artistas.

Nessas reuniões que me propus a participar para encontrar concretamente onde está a UNIVERSIDADE LIVRE, afim de contribuir para o Dulcina, o teatro, como foi proposto pelo Sergio Mamberti e o Marcelo da FUNARTE. - Já que eles não abririam o teatro continuaríamos na porta em parceria com FUNARTE. - Um caminho surgiu. O representante do MINC comentou no momento em que se discutia a distribuição das verbas nos fundos sobre as pesquisas de artistas. "Onde estão as pesquisas?" Pronto; só isso se falou e bastou. É ali nas pesquisas de artistas que nasce dentro da lei Rouanet a possibilidade dessa universidade como Centro de Pesquisas acontecer de verdade; e nasce completamente fora de qualquer plano de educação, nasce na e da cultura. Descobri-la possível dentro da lei estimula outros pontos do sonho. E assim vamos estudar e entender como seria proposto esse fundo para Pesquisas que representam as universidades antropofágica e como ela poderia e deveria estar na ação e não só no intelecto. Que ela contribua ativando espaços públicos e enfim... porque digo isso inocentemente? Porque de um sonho de uma universidade livre no prédio do Dulcina depois e na sua luta, de querer e sempre tentar mostrar a todos que o teatro Dulcina seria um espaço principalmente para a ocupação Manuel Congo que está de frente ao teatro na Alcindo Guanabara, Cinelandia, surge enfim um lugar concreto dentro dessa mobilização cultural que nasce em Sampa e que é e deve ser de todo o país por seus artistas.

E já que a mídia não divulga esses acontecimentos para a sociedade, essa mídia preguiçosa, vamos nós através de nossos meios e órgãos criar pontos de encontro e comunicação afim de contribuir mesmo para esse momento. Sem utopismo. No concreto, no trabalho real, na proposta real, sem o niilismo de artista, da preguiça, da velhice... A velhice não tem idade, tem estado é de lentidão. Vamos botar as energias que temos para não reclamarmos no futuro e ficarmos estagnados sem verba ou instrumentos que diminuam a distancia entre produção e a vida dessa produção.

É estando presente que descobrimos onde e como contribuir.

E só mais uma última coisa que me incomoda profundamente. Os artistas fazem uma reclamação, mas sem propor uma solução; Todos reclamam que daqui a pouco acaba o governo, entra eleição e fu... tudo. - Digo em relação à FUNARTE - Porque nós, não propomos que a FUNARTE tenha um presidente escolhido por artistas, nós? Que a questão partidária passe longe ou numa outra proximidade com esse órgão. Diminuiria a esquizofrenia que existe como quando ao conversar com o artista-presidente Sérgio Mamberti, que está com uma pemba nas mãos, e que no final das contas ainda defende e luta pelo PT. Sem tirar os méritos dele ou de seu amor a isso... mas a favor dele como artista que está lá por acreditar na arte; não esquecendo o estado caótico atual da FUNARTE acentuado também pela gestão anterior; e que mesmo assim está abrindo o órgão e propondo mais do que a simples comunicação e diálogo. Mas uma afinidade de ações próximas de todas as instâncias da FUNARTE que tem como nome uma direção precisa FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES.
Vamos lá
todos nos encontrar cada um em sua cidade
conhecer a FUNARTE
se interar nas mudanças

nos comunicarmos

sabermos das experiências e idéias
e descentralizar o giro da grana.

o país é enorme!

Amor
Fredyn
um aprendiz
bycho carpynteyro

segunda-feira, 9 de março de 2009

http://www.vimeo.com/3553112

INICIO DA CRIAÇÃO DA PEÇA À MORTA ABERTA ON memória de BEATRIZ
Essa é uma chamada.
Na peça é quando entra S.Oswaldo antes do início da peça, entre o Hierofante e o início.
Ele entra apresentando e dizendo da importancia dessa peça na vida dele e como ess apeça re-nasce hoje pelos guerrilheiros sacis.

Começamos o que chamamos de ENSAIO, que é esse vídeo abertura da memória da personagem principal da peça BEATRIZ.
aqui vc vai acompanhar a montagem da peça pela memória da personagem que se encontra em pedaços como um boneco virtual no 1°quadro, na encenação.
Veja o vídeo teste chamada para A MORTA e leia o texto da peça.

Para a próxima semana iniciamos o COLAR TRUNCADO a memória da Be-Atriz
que é todo o vídeo do primeiro quadro, vídeo não! MEMÓRIA.

o texto encontra-se no blog do movimento dulcynelandia

aproveite para saber o porque a morta o que dulcynelandia quem é dulcina

movimentodulcynelandia.blogspot.com

breve!!!!!
"COLAR TRUNCADO" - a memória para os 100 anos da Beatriz

imagens filmadas em CANUDOS- RIO DE JANEIRO - SÃO PAULO

por

Ava
Kim
Camila
Mariano
Lukash
Fredy
Yoda
Acauã
Alexandra
Barbara
...
e outras imagens de muitos momentos dentro do centenário da atriz Dulcina de Moraes
o vídeo "colar truncado" é uma homenagem a todas as criações em produção viva com o Brasil
os indivíduos o mundo os palimpsestos e todas as comunicações não cortadas com a vida!

amor e humor aos amigos e família
que
contribuindo para a criação da memória de cem anos de teatro projeta mais cem anos.

vídeo em criação
em obras
digestão
assimilação
vivo


ACOMPANHEM

MERDA

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Aqui vai a indicação desse livro do CACO PONTES
"O incrível acordo entre o silêncio e o alter ego"

Malucamente coloco minha impressão tanto da poesia, como do objeto livro... Assim como tomo a liberdade de falar diretamente para ele sem ser direto. Pois nos conhecemos. E depois agente se entende..não é Caco?
assinado BRUTUS



Comendo tudo do silêncio e o alter ego.

Todo o livro é uma expurgação do desejo.
E o desejo é pessimista. É vago. Desejo como a verdade do ser. Verdade?
“Nem toda verdade é absoluta.”
A verdade é tão virtual quanto a mentira; a mentira sempre tem que vir com mil verdades inventadas.

Um salto de comentário.

Um desvio da trilha iniciada no comentário.

Celso Borges comenta que Caco anda pela estrada gasta, ou melhor, já gastas do século XXI.
Com certeza na linha de pensamento levantada por ele na crítica da orelha do livro, é óbvio que o século XXI, com seus nove anos esteja gasta. Ela parte de uma visão do século XXI nascida no início do século XX. Uns cem anos de atraso na crítica?
Primeiro que Oswald não é modernista – em algum momento do desejo desejado pela sua época que pediu, pedia ele foi e talvez tivesse sido num ponto de luz um modernista – mas como ele mesmo disse: “-Modernismo? Mas modernizar o que e que arte do Brasil?”

É assim que no contrário à afirmação do sr Celso Borges, torna-se possível abrir a possibilidade de uma nova música ou signo para os poemas dentro do livro. Os poetas dos anos 70 não retiraram o paletó de Oswald e foram às ruas desbundar.
Se eles continuaram a poesia do Oswald na ação, ou da ação “modernista” - para os letrados – iriam entender que Oswald pinta seu paletó e recorta-o para o clima do Brasil, já demonstando o porque de não existir modernismo, arte nascente de sua época na Europa.
Oswald não retira, digere. Eles não retiraram o símbolo do conceitualismo da época que é o paletó. Logo depois dele, - ele como símbolo também – já não existiria mais paletó.

Parar aqui.

O comentário não é sobre Oswald, nem os anos 70, “ A nuvem cigana”... Não vale a pena esses paralelos. Não que eles não sejam um colar truncado. Pois estamos falando de poesias, influências, negações das tais, asismilações... Mas por necessidade e respeito ao nascimento desse poeta CACO; e que eu vi virar CACO. Há uma potência por trás do CACO, se chama Juninho.
O erro puro. A busca. Semprecisar ser o texto intelectual que o professor Vicente analisa:

“ As frases seguem o rumo da construção do pensamento do enunciador do discurso, a semântica difusa se resolve na sintaxe difusa e em rimas que pipocam aqui e ali. (…) ”

Que isso? O Caco fala da rua, dos interiores do ser, fala até do desejo... podia ser do desejo de trabalhar essa linguistica...mas leia. Basta ler, talvez não com essa cabeça, talvez ler com outras partes do corpo. Lendo isso, do professor, me diga: sobre o que diz a poesia do Caco?

Logo que pedi o livro, na maior cara de pau, dentro do teatro Oficina, folheei. E me questionei quanto ao conteúdo do livro com seus comentários de intelectuais e os poemas. Me pareceu uma contradição.
A poesia que tem o poder de phoder estar em uma árvore, uma parede, muro, distribuídas pela cidade pois é feita da cidade – no fundp demonstra necessidade de ser analisado, e julgado poeticamente, filosoficamente, emocionalmente... Como a visão puramente negativa e anti-euclidiana – por ignorância – levantada no prefácio - sobre as raças do Brasil.
E assim o professor analísa o vivo como um corpo morto e estático do poeta criador; limitadamente faz uma breve análise mal formulada sobre o preconceito e esquece que além do Brasil ter sido muito mais que “branco, indio e negro” a formação social, cultural, biológica, foi completamente a-linear. Nazismo é uma raça predominante, e essa noção ligada à noção de nação. O que fisiológicamente o Brasil já não tem – não que não haja preconceito – o TUPI mesmo já era uma raça misturada, miscigenada. É assim que há o equívoco em sua análise para dizer sobre a turma dos Maloqueiristas. Portanto também deixando a poesia do Caco ficar limitada – numa noção social do séuclo passado, uma visão social modernista, sendo negada enfim -.
Acredito que uma opção por escrever “e como mutante...” ao invés de sobre o mendigo, descrevê-lo ou não é uma questão de brisa, de vento inaugural numa folha morta. Não de ideal.
A poesia não tem ideal. E deve ser como o vento. E a poesia do Caco sendo puro desejo possibilita que coloquemos a nossa vida - daí sim professor, relacionar seus ideais e coloca-las na boca e na escrita do poeta – revendo ou não nossas próprias inquisições. Podia até não ser nada disso.
Se a poesia é construção engenhosa quer dizer que não é militante? Ou quer dizer que uma vindo depois da outra altera e influencia o julgo da formação intelectual para a mensagem a ser transmitida pelo poeta, e depois independentemente pela poesia?
O livro é um objeto, é tudo o que é colorido nele escrito desenhado. E o mais forte para poder chegar à sua poesia é, e era entender a contradição que é o livro na poesia e na realização.

O que o Caco como o professor ª Vicente querem, para a poesia?

A construção engenhosa das letras mas não das raças – que ele nega e fala mal, mas que Euclides tão bem revela em sua poesia, e aprende a se ver escrevendo passando o bastão... A raça e as letras em formação são o mesmo corpo. - Ou eles querem a vida pulando de alegria, fazendo tragédia e não drama. Não há porque separar a alma do corpo. Talvez os poetas, professores façam isso. E nesse livro Caco é poeta.

Há, em uma poesia ou outra onde ele se torna sátiro. Além do bem e do mal. Com a doce consiência e maldade de quem sabe da dor, porém as chupa como uma criança chupa inocentemente qualquer coisa a boca, doce, sapato, pedra, coco..
Já nas outras ele vive a contradição. Sem saber. O livro é contraditório.
A poesia fala do desejo. Fala a linguagem falada. Diz do seu afeto confuso, cheio de fios, cantos, visões, dedicações e memórias de amigos, amarguras... É fácil notar a confusão do discurso do poeta quando numa linha diz algo e logo na outra dá meia volta, permanece parado, abre uma caixa, puxa um balão... Isso Caco sabe fazer. Ir contra o que ele mesmo – comum da criação, o óbvio – acredita de antemão.
E isso está explícito na sua escrita. A beleza, se há – não conscientemente, mas pelo menos a busca e expurgação disso como um teste, uma morte – nos poemas, é a busca ainda de um discurso que não se contradiga.
É um treinamento. O poder viver a contradição. Morrer vivo. Estar nas camisetas como CheGuevara antes de morrer. Ser estudado e analísado. Como um grande distanciamento.Ver o Caco brigando com o Juninho. Se for por isso, e for isso, o livro é uma conquista. De ponto de virada. Não a fórmula alcançada, na escrita,no tema, na verdade...
Tudo colocado é negado pelo próprio livro.
E essa poesia deve ser buscada. Que ela não negue a fatalidade de ser um livro nem que exalte isso como uma conquista finale. É preciso mais prazer para tudo o que se nega na vida. Refletir na escrita respiração. A poesia fazendo o treinamento de amar o que odeia, nega, por não entender talvez. E se forçar a precisar entender para que? Basta conviver, morrendo também. E ao invés de fazer poesia contra oou inflamando, é colocar na vida essa poesia que liberta do preconceito, nossa primeira máscara. A máscara mais rude. A menos refinada.

O livro pode ser essa contradição. Mas não é e não deverá ser sempre. É um ponto. De realização mesmo. Merecedora de todos os parabéns. Principalmente se morrer nele e “naiscer” no salto sobre si. No próximo.
Em busca da nova estrada do século XXI. Uma poesia na vida. Como Oswald – já que adoram citações – fez.
Não usou a poesia para negar na crítica subjetiva.
Mas fez do fato “negativo” uma piada para ser vivida.
E quem não gosta de rir?
E rir cantando então?


Fredy Állan
31-12-2008

domingo, 23 de novembro de 2008

O CORDÃO DE BROMELINA E PAFUNÇO
primeira chegada


Pafunço ia.
-Mamão com açúcar!
É o que ele ouvia enquanto meditava o que a criança falou com a mãe que pareceu ter seis anos enquanto comprava e escolhia a cor do desentupidor. O filho não entendia o porquê aquele homem apanhava do cassetete. A mãe dizia que era a falta de informação... Ele daria a internet. A mãe chorou e fez birra. No cacete rolando eles tomam suco de mamão.
É assim que Pafunço traga a carburação dos carburadores indo pela primeira vez ao cinema depois da expectativa de vinte e seis anos.
O macaco de colar de banana foi o primeiro a pular da tela e a pegar ônibus para comprar fumo. O astronauta divulgava a quem quisesse. A maioria fingiu.
Pafunço sem a menor vergonha abre sua maleta e tira sacos de ervas. Sua moeda.
Um grupo de mulheres se agita e joga pedaços de ouro encomendando todas as ervas e fumo de baependí.
O macaco entra no canhão e é disparado para fora da arquitetura do cineartplex.
O público aplaude.
E o filme fica sem saber o que fazer.
Mudinhas falantes cantam.

Poucas ilhas verdes tombadas.
Prédios de neon. Banners vivos.
Comunidades passam pelos corredores estreitos recebendo injeções no pescoço.

Pafunço manda um pombo eletrônico para Bromelina que voltou de carona na bolsa do pássaro eletrônico. Sentiu felicidade com o vento batendo no rosto. Vai jogando papéis ao léu, fora...

Cheio de penas coloridas um anjo procura.

Bromelina passou horas no jardim de abóboras gigantes em terra que dá morangos em época de figo.
Logo ali perto Pafunço aplaude o samba das borboletas.

Bromelina e Pafunço dão-se as mãos.
Ele engasga lembrando-se da tristeza do filme que não assistiu.
- No sei
Olhava aquela scura sala
Com cheiro de pipoca combo
Coca-cola
Desenhando no ar
Da primeira apagada
De luz
A terra tremeu
E a primeira imagem
Que apareceu
Ficou ecoando
Se repetindo
Mil vezes
em mim
Dentro dos fios
Dos cabelos meus
Entrando para
Minha memória
Pelos pêlos capilares
Fazia coligações
Interurbanas
Só me lembro quando
A luz ligou
E via a parede descer
para ler-se os créditos
que não eram cartões
pois se enchiam de uvas e caquis
as bocas
levantei
tonto caí
do filme que eu não vi
ou do que só eu vi.

Na saída do cinema lembrava ainda à Bromelina que todos fizeram ou tentaram fazer ele entender o que não viu. O filme filmado. Arranjaram dois violões e uma kalimba. O segurança de terno roxo e bigode com o menino ruivo do refrigerante fizeram uma música explicando.

Bromelina e Pafunço foram rodando girando no ar como bonecos de chroma-ki.

O anjo de penas coloridas sobrevoa o país do saco cheio.

No final de uma estrada que parece uma avenida onde carros dirigem pés e mãos Bromelina fecha os olhos. Ela se senta como um grão de pólen retornando ao útero flor.
Já sem mãos do seu cinematógrafo ela não consegue segurar outras mãos ou lamber doce de leite. E parar de lamber doce de leite era inadmissível. Se suspende numa calçada sua e sozinha.
Bromelina vai virando Talianida. O rebotalho não quer chuva de dinheiro. Alguém de óculos pretos nos olhos e com mechas brancas no cabelo do governo traz um santo especial para o despejo...
Bromelina cai da árvore e volta ao corpo.
Acende a luz da sala.
É noite Pafunço está a um canto chorando.
- Porque ela vai embora?
Canta a música da cabeça da rádio dele.
Bromelina assustada sem entender como em cinco segundos os faróis ficaram mais saturados com o arrependimento do sol olhando para Pafunço afobada numa cavalgada um tropel de búfalos solta a barreira da barragem do seu medo e diz simplesmente que ela iria para lá não para ficar eternamente longe de qualquer parede que ela tenha visto nos dias tropicais e dos shows do necessário, mas porque precisa dormir e acreditar no sonho que é dela.
Como qualquer drama que faz qualquer homem virar poeta compositor escritor ela vai embora. Nega o canto do pombo eletrônico, que fica sem alpiste ou maça. Pafunço troca de canal e não está mais na aurora que nasce aos olhos molhados cor de ouro em reflexo de dor.

Um violão se suicida.

O anjo voa de asas coloridas levando livro da brincadeira.
Gêneros literários.
Gaguejando na descoberta da literatura de Machado.
Telefone vermelho toma choque e grita do outro lado informação negra.
O machado matando irmãs árvores no Pará(na)?

Puta sol distorcido faz Pafunço se proteger da chuva.

Todas as luzes estão apagadas.
Pensa Pafunço olhando lá embaixo do alto da colina que toca a nuvem rosa:
- As pessoas de hoje ainda rezam.
Ele sempre que pode lembra consegue tem vontade sobe lá para visitar a comunidade que saiu dos livros de Jorge Amado, que por entenderem sua comunidade como uma classe carcomida resolveram ficar tomando ácidos de bolo de chocolate a sorvete de uma nota sustenido, fazendo experimento de teatro dentro de tubos de ensaio e clones no teatro, já sem palco, super aerofônico.
Em cima das nuvens fica mantendo a concentração tranqüilizante com reprises nos sonhos dos que não abrem o cello e vão lavar a roupa, a louça.

Bromelina não aparece por duas primeiras primaveras que passam sempre depois do inverno.

Depois de deixar o clone se tratando Pafunço tropeça numa raiz gigante de uma árvore de acerola que nasceu da noite pro dia no meio da avenida enquanto os operários trocavam as tartarugas velozes.
Ele cai batendo a boca no chão, sentindo o gosto de sangue que lembra da boca de Bromelina quando voavam de bicicleta. Onde ela bateu o joelho na boca fazendo sangrar.
Pafunço a beijou na lembrança.
Uma gota do céu dos seus olhos cai.
O trovão no peito o choque galvânico das nuvens saiu em estática de urro pela garganta uma tempestade.
No primeiro mês ninguém lhe deu atenção. Porém suas lágrimas começaram a criar erosões pequenos sulcos corroendo e escavando a terra de barro aos pés da árvore, corroendo até a pedra. As pessoas da cidade tentavam alcançá-lo mas as ondas contra são mais fortes. Uma índia tentou gritar transformada em agro pecuária amiga uma projeção astral que ela está no lugar do palmito dentro da palmeira. Mas ninguém pode cortar a árvore senão ela vira palmito. Ela tem que sair sozinha, como borboleta. Sozinha e de asas. Se quiserem adiantar sua volta e cortar a árvore terão que começar do zero.
Isso fez do choro maremoto.
Passam dois anos de águas sem fim.
As pessoas começam a criar casas barco e vão conhecer o país da correnteza a que leva todos para longe de Pafunço.
Com os anos suas trovoadas se tornaram eternos lagos correntes cristalinas.
Pássaros atravessam o continente e vão no verão se banhar e cantar em poças paradas perto dos seus pés. Cardumes vão contra a correnteza e entram em seus olhos de Pafunço para procriar. Nessas épocas ele ri chora de rir de saudade.
No inverno animais se aproximam. A correnteza triste não esfria. A fonte é um coração quente. Como o choro é o fim e o começo no rio ele escorrega e é levado. Vai tentando se equilibrar. Pára de chorar. Vai parando. E o rio vai secando em um dia sem sol.
Ele olha para o curso quase totalmente vazio e as vidas que morreram sufocadas sem água quando ele parou de chorar. Ficou absorto de como suas lágrimas sustentavam tantas vidas.

Os neons das cidades estão vivos tomados por raízes plantas árvores que se assimilaram à criação humana.
A descoberta. Algumas árvores no escuro ficam acesas, e por aí vai a infinitude de misturas.
Umidade. Cheiro de terra em dia de chuva ou de mofo eletrônico.
Algumas crianças brincam na calçada de barro molhado. Elas deslizam e fazem bonecos delas. Às vezes não se sabe quem é quem quando estão cansados.
Uma vez um dos meninos dormiu sob o sol. Acabou ficando dentro de uma crosta de barro por três dias até que choveu.

O anjo vem de asas de metal um metal do centro da terceira terra no segundo coração do anel galáctico da escrita minha e sua leitura.
O anjo se conecta a raízes de procura.
Ervas queimam.

Num dia de seca nos olhos e saudade Pafunço vê suas pernas caminhando depois sente os olhos olharem as casas passando lá ao longe da margem da estrada. São casa prédios quitandas cortiços crianças senhoras de tanga raças colônias formigueiros...
- O tempo - pensa o corredor solitário - são muitos.
- O tempo passando de mim e de lá são diferentes. Existem os mundos.
E ele chega a um rápido refrão de conclusão sem rima.
Que até essa idéia musical de mundo paralelo essa teoria mesmo não abre portões dos mundos. Essa lógica do lado do paralelo do em cima e embaixo é desse mundo. Talvez para outros e nos outros mundos não houvesse a matemática da gravidade lógica.

Mãos Pafunço apóiam a cabeça. Ele lê dentro de uma xícara de café uma cidade que submersa guarda os segredos e os paradeiros das pessoas perdidas.
Seu destino na borra do café com leite.

Seu coração pulsa e move os braços dele, a consciência vai acordando.
Ele finalmente vai tirar seu carvão enterrado, em pressões de anos milenares.
Ele abre o bolso enterrado arranca uma borracha que guarda uma pedra.
Vento. Asas. Música sacra.
Desce o anjo por trás da montanha. Aparição aos olhos Pafunço.
- Finalmente... encontrei-te!
Pafunço não foge. Fica congelado. Seus pés fincados no chão.
O anjo entrega-lhe a semente e uma rosa dos ventos para ele chegar à cidade.
Olhos arregalados Pafunço. A semente que não parece uma semente é o germe da palmeira, ele enterrará sua pedra carvão com a semente. Anos depois ela sairá de lá de dentro com o carvão virado pedra preciosa de união. Ele encontrará sua musa em poucos anos.
Os animais fiéis de sua dor tomarão conta de sua plantada até a mulher sair da palmeira.

Terreno. Terra. Pássaros buscam galhos fazem o ninho do berço palmeiral. Lobos viram escavadeiras. E no final uma festa.

Pafunço vai embora quando tudo está bom. Vai encontrar a cidade. Depois vai retornar alguns anos para encontrar a árvore. A palmeira. Bromelina libélula.
Um pouco mais ao longe da festa na estrada a rosa canta um canto de rota de sereia. O anjo sopra no ouvido.
- Você vai
Encontrar a cidade inundada
Cuidado!
Primeiro procure o velho que te dará
A experiência do oxigênio
Chamado argônio
Coma o que ele der e cheire o argônio
Risadas você pode dar como com suas ervas
Ele ajudará a chegar mais fundo.
Lá em baixo procure casas ainda conservadas
Inteiras
Veja gavetas conheça e abra baús agendas de crianças
Cartas de despedidas
É lá que você descobrirá onde ela está
Você lerá o que ela ainda vai escrever e te descrever
Mas cuidado! Não se assuste se o que as águas
Negras da cidade te mostrar
Você vai ver se o rio quiser te mostrar
Os mortos seus
Seus amigos, familiares, amantes
Todos seus conhecidos que morreram

A cidade é uma planície quieta de açude.
Pafunço entra na água gelada com o argônio na cabeça. O velho fica sentado só rindo. Tem o rosto todo enrugado e um trompete todo enferrujado num pote de vidro pendurado na entrada da sua cabana.
É tudo tão escuro. Ele desce só com uma corda para não se perder. O argônio segurara por horas sua presença submersa.
Os prédios abandonados vão surgindo parques escolas... ruas... tudo apagado.
Silencioso. Silêncio irritante. Pafunço entra em alguma casa. Abre uma gaveta e nenhum papel, nenhuma carta, nenhuma música dela... Vai ficando eufórico procurando por todos os lugares submersos. Vultos de um amigo, a mãe adotiva morta, o avô sem perna vão bailando nas sombras... Ao abrir uma porta, Bromelina aparece branca sem os olhos com os cabelos voando na água e seu vestido de defunto de filme de terror. Pafunço fica doido. O argônio acaba não se lembrava o que o anjo falou. Tudo é ilusão. A morte é o medo de nascer.
Ele fica sem ar, engole água enquanto a imagem dela vai desaparecendo com areia na água. Ele vai se afogando, ficando roxo gritando para dentro com a água engolida.
Tremidas convulsão a cabeça ecoa uma nota B R O M E L I N A.
Bromelina B R O M E L I N A B R O M E L I N A
Os olhos vão fechando. Ele vai virando a própria solidão das cidades submersas.
Pafunço morre.

Luz. Azul do céu. A luz se abre. Ele cai. Parece sair de uma incubadeira vertical. Cai de quatro cheio de placenta traz nas mãos um diamante suas costas fazem movimentos e secam as asas. Asas!
A palmeira verde faz sombra do sol da aurora e orvalho a mão delicada de rosa acaricía o rosto de Pafunço rosto maduro tranqüilo apaixonado.
- Eu morri.
- Não. Você nasceu. Estava te esperando.
Agora vamos continuar.

(...)

Final da primeira história
“O CORDÃO DE BROMELINA E PAFUNÇO primeira chegada”
Fredy Állan
22 de novembro de 2008 RJ

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

ENCERRAMENTO E GRAND-FINALE



Nada te sucederá
Porque inerme deste o teu afeto
No soco do coração
Te levarei
Nas quatro sacadas fechadas
Do coração

Ao teu lado
Terei o mapa-múndi

Viveremos
O corsário e o porto

Eu pra você
Você pra mim

Pra lá da vida imediata
imediota
Encerramento e grand-finale

oswald de andrade sp dez 1942
e
fredy allan rj set 2008

sábado, 20 de setembro de 2008



embalo amanhã e manhã
até tarde noite

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Texto publicado na revista CHUTE - ANTROPOFOTOGRAFAGIA- a pele que envolve a carne não tem planos

para a multiversidade a universidade etéreo e etherno

O COURO QUE ENVOLVE A CARNE NÃO POSSUI PLANOS

Antropofotografagia aos Negros

Fotografar o evento que durou quatro dias no Teatro Nelson Rodrigues que é administrado pela Caixa, projeto “Negro Olhar” realização de Tatiana Tiburcio.

Negro Olhar, o primeiro ciclo de dramaturgia de autores negros com atores negros... Um projeto para trazer à cena em leituras a situação atual dos afro-descendentes.

Presenças de grandes atrizes do teatro Brasileiro, Lea Garcia, Ruth de Souza, também o ator Milton Gonçalves com jovens atores, que fazem TV.

Cada peça trouxe um tema foco/ângulo sobre o negro, numa época, em tipos de dramaturgia/reflexão uma diferente da outra. Sortilégio mistério negro de Abdias Nascimento (autor, Brasileiro, que no dia da leitura de sua peça entrava no hospital, mandemos axé), O traseiro negro de Ma Raney de August Wilson, Tamborim da glória de Langston Hughes e As respostas da coruja de Adrienne Kennedy.

Ao final das leituras a professora Dra. Leda Maria Martins mediava o debate abrindo, sobre o autor do dia, um leque de conhecimento histórico, cultural, como também sua admiração pelo projeto, os atores lendo e debatendo as questões e posições divididas com o público, tudo dito em sua fala explicativa, não tediosa, simples, comunicativa, serena e não racista.

Antropofágica?

Um dos textos em um dos dias era muito preconceituoso, mas essa questão se resolveu nos dias que se seguiram, abrindo os pontos de vista entre os quatro dramaturgos.

Para resumir tudo o que ocorreu - do que discorrer sobre cada peça ou tema escolhido etc. – como pontos de virada, os pontos de luz, deixo aqui um depoimento e questão, sobre esse ponto de transformação, e não reativa a um “sistema de brancos”.

A grande questão que foi levantada foi a “moral”. Foi levantada mas não foi vista. As discussões ficaram no plano da pele, da história; nem da moral delas, mas dos “fatos”. Falou-se sobre os preconceitos atuais sociais “deles negros”, mas que eu me identificava, por exemplo. Então lembrei de uma música de um disco do Macalé com Luiz Melodia - um branco e um negro - que diz que “o couro que envolve a carne não tem planos”.

Agora entendi!

Entendi!

É claro que os negros têm que trazer à tona a história de seus ancestrais, assim como os índios do Brasil também e os negros-negros, brancos-negros, brancos-índios, índios-negros, negros-índios. Tudo pelo documento. (Passando pelo Catalisador). E revelar as artes. As técnicas, a cultura “perdida” e transformada transformando. Mas não para “provar” que negros tem tudo aquilo que o branco tem.

Provar!? Provar o quê para quem?

Muito reativo não? Cabeça de branco isso, não?

O que importa dessa nossa reflexão se ela ficar tentando provar ou buscar uma igualdade no que é branco ou não, se a pele, o couro que envolve a carne não tem planos?

Cabeça de branco isso, não?”

Volto e digo que a discussão para enriquecer a nascente do século XXI deve ser “comida a moral”, o tabu.

A questão tem que ultrapassar a moral de submissão, moral de inferioridade, entendendo como moral a ser comida.

Que temos nós com a escravidão, com o que aconteceu? Podemos sim reparar, diminuir os danos sociais ainda impregnados, o que não exclui outros couros em outras carnes. Estamos divididos em classes, e temos os formatos ideais de quem compõe as classes, por outro lado tem a realidade, que não há molde, negro é pobre ladrão, branco preconceituoso ou o que for do gênero.

Na realidade, a cor não importa, importa a moral.

E só pra contrariar um depoimento vindo da platéia dizendo que a culpa é do Gilberto Freyre que disse que somos uma população Brasileira, fatidicamente e fatalmente preguiçosa, enquanto que um americano quando está indignado compra uma arma, sobe num prédio, mata uma galera e ainda se mata, por ser-estar indignado com seu sistema.

Mas pensa nessa ação de comprar uma arma. Só pode vir de uma cultura que acredita que não tem outra solução a não ser à força. Por mais que o cara esteja indignado ainda faz o que o sistema quer que ele faça, como limite o cara ainda compra armas, balas de revólver. Sei não. Não to falando de paz, de gente boazinha no mundo.

Falo de Homens Tropicais.

Não somos reativos.

Pra quê brigar e ser reativo?

Podemos e devemos ir à luta, pra briga, na ação!

Não na reação!

O problema de todos no comum é a fome acima de tudo.

Essa terra é antropófaga. E macunaímica. Temos no Brasil ou tivemos uma sociedade também antes de chegar europeus e africanos; o inverso disso, essa reflexão sobre esse americano é sobre o homem reativo.

Não há problema na preguiça.

Se ela for macunaímica.

E assim abro o tema:

O que é e qual a diferença dessas preguiças?

Vamos comer?

Vamos comer.

Olhos da Cinelândia Alcindo Guanabara pro Mundo. Daqui da Ágora da mudança, do amor dançando na distância, tentando refinar minhas veias e circulações nas circulações de sobrevidas culturais ou estagnadas. Olhos olhando da Ágora.

Fredy

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Eu Rio
o que se faz dessa história
Mas chame de história
ela foi estória
a agora é modernismo
A confusão da carta
são confusões
de situações
e buscas miramares

terça-feira, 13 de maio de 2008

- Vão voar.
Mas já foi, existe não
Essa é uma gravação.

Cai um pássaro.
Para tudo.
Um homem Brando, vai ao pássaro, toca-o.
Recebe-o.
Guarda-o nas mãos enquanto fala.

H. Brando- Cheguei num vôo por aqui
Vivo.
Um vôo.

Mas que adianta se
É amputado?
Se pena que rabisca vem da minha asa esquerda?

Alguém que quer
Chegar ao sol
...Ícaro...
E caí queimando
Eu sei.
Pássaro satélite.
É só pousar que
É amputado.

Um velho grisalho, vai atravessar a rua.
Ele roubou um livro.
Mas a pessoas nem o leu.
Ele diz que foi um favor.

H. Brando- Cada criação, uma melodia
Não deixa que eu sei.
Medo medo medo
Essa arte sinovial!

Farol vermelho. O velho palitó do Velho vem atravessando.

H. brando- Imagina que esse
Velho esteja contra
A maré de gentes
Da liberdade
E tromba todos.
Ele desvia...
A massa gosta da massa
E de se amassar
E voando alto, só quem
Voa alto fora das paredes
Esburacadas
De arte de ratos
Sente o prazer de sua
Aerodinâmica...

Aerodinâmica das balas.

domingo, 4 de maio de 2008

LÍDIMO- o palhaço sério está fora da burguesia

Passamos do tempo em que a pura intuição
fazia um artista.
Hoje em dia,
o estudo possui uma impôrtancia

fundamental.
Denúncia do intelectualismo falsificado,
postiço,
imperando a confusão das idéias importadas

(de imagem).

A Antropofagia
a nossa gia-antropo
revolução de princípios
é
de Roteiros
roteiRIOs
de indentificação

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Nossas diversas manifestações

Nossas diversas manifestações.

TeAto

CineAto

-Atos do Te-ato Móvel

AMORTA ato

leituras

treinamento do corpo do ator do Teatro do Rio de Janeiro

despertar de entre os mortos

-Abertura da Associação

-Dulcina DULCYNA

-Atos do Teatro Móvel

O Teatro Móvel, nasce do desejo de ocupações dos espaços fechados do Rio de Janeiro. Ato externo para a busca interior e do interior abri-lo.

Esses espaços se compõem de teatros abandonados pelo poder público e artistas, cinemas fechados, galpões etc.

Atos em suas fachadas.

Mas com a direção: os atos serão feitos em frente a espaços de importância histórica e cultural para a vida da cidade.

Dentro de cada especificidade dadas pelos espaços e sua necessidade dentro de tal região, serão vividos textos que comuniquem e representem o ponto de virada dos lugares.

A poesia para atos que englobam o cerne de estudos do Teatro Móvel que são:

1° desenvolver o espaço nu. Para ocupá-lo.

2° estudar na prática a nova e sutil inter-relação entre as tecnologias trabalhadas dentro dos espaços. Cinema Teatro Música. Essa tríade-síntese englobando subcategorias contribuem para a busca de uma nova finalização de arte.

A ocupação de um espaço vazio por pessoas cujas técnicas contribuirão para o preenchimento desse espaço, será o terreno onde essas próprias técnicas desaparecerão.

A idéia não é fazer um teatro de Rua.

Porque buscamos nosso espaço.

A idéia de Teatro Móvel não fica só para o movimento de ir a lugares. Mas de fazer um lugar ser muitos outros.

Nesse momento a opção por atuar em fachadas, é de incentivar e mobilizar as atenções.

Nosso te-ato busca a ligação do ator e dos presentes no ato para manter o estado poético carnavalesco lúdico, com as projeções-músicas, novos dados e dimensões; o desenvolvimento através dos pulsos sonoros do desenrolar de uma apresentação, de uma história e de uma outra forma de produzir, praticar, e participar dos dramas e tragédias poesias.

Praticar atos que dialogam com os lugares em que estarão sendo feitas as apresentações, atuando as arquiteturas da cidade, as tecnologias, de teatro, cinema, músicas, representará o desejo do grupo de ocupar espaços para abri-los e desenvolver com o público os atos. O passo seguinte, estar em um espaço em que o desenvolvimento de um ato, um objeto artístico possa ser acompanhado e praticado pelo público.

-O PRIMEIRO MOVIMENTO

As conexões - associações

De informações

Imagens e desejos

Para dar início a prática do grupo para o Teatro Móvel, iniciamos um Panorama de Análise, no teatro Dulcina nosso primeiro movimento de respiração coletiva.

Esse panorama é uma autópsia. Tocar o corpo. Autópsia do nosso corpo.

No teatro lembrado como Teatro Dulcina, que tem o nome na fachada como Teatro Regina, representa muitas coisas em uma coisa só.

Sendo ao mesmo tempo, um teatro abandonado é o drama do teatro.

Que na MORTA terá em tambores seu chamado de poeta pra salvação da MORTA.

Espelho da vida. Do corpo.

Dulcina de Moraes no ano de 2008 completa 100 anos de vida.

Dulcina é e foi uma mulher que agiu para o teatro, iniciando uma universidade no Rio de Janeiro, que foi construída em Brasília.

Ela como ícone aniversariante, nascente, que deu a vida pelo desenvolvimento da arte tomamos como ponto de partida e força de impulso para nossos movimentos, que é o de participar junto a uma gama de artistas a nossa renovação, o encontro, nosso jeito de atuar no Rio de Janeiro.

Destrinchar a cidade.

E para contar a luta do estudo e movimentação por uma veia estagnada-coagulada, mal cuidada, que leva como exemplo o teatro Dulcina, projetamos o panorama de análise, de A Morta de Oswald de Andrade, um poeta paulista mantinha relações poéticas com o Rio de Janeiro (No Rio de Janeiro, ele escreveu O Rei da Vela, peça montada 30 anos depois de ser escrita, pelo grupo teatro oficina. Uma das mais importantes montagens do teatro Brasileiro nos anos 60. Assim como escreveu o SANTEIRO DO MANGUE em resposta a dois poetas cariocas).

Deixamos que os quatro personagens da história A MORTA nos dêem seus corpos palavras significados para a nossa autópsia.

E para entendimento O Dulcina, a Cinelandia, o Rio de Janeiro.

Um entendimento sensorial, de sensibilidade, que desemboca em alegria, encontros, expressões;

A cidade será entendida como o lado de fora, o lado público de nosso corpo.

Montaremos o ato, que será o estudo e início da prática do Teatro Móvel.

O ator na relação com as tecnologias, os corpos.

Faremos a MORTA em frente ao Dulcina, tornando poética a reflexão de como poderemos atuar como artistas desenvolvendo trabalhos, tomando partido e exigindo do governo público e a FUNARTE, a atenção viva para a proposta de uma nova arquitetura, dinâmica para a abertura do teatro, seu lado estrutural, com a renovação da sala de espetáculos tornando-se um espaço, e não só um teatro.

E será ocupado.

Em sua ocupação nascerão as cenografias que disporá o público e as movimentações.

Cenografia que virá do corpo dos atores, suas demandas.

-ATO A MORTA

cortejo

DESEJO

Sem a ambição de finalizar uma idéia, fundar um tribunal;

Um formato cênico ou impactante.

Simplesmente começaremos através de A MORTA o estudo do grupo, a prática.

Para abertura dos abcessos fechados, corpos-espaços.

Na atuação.

No cortejo, onde o bloco expõe seus desejos através da música e da alegria do encontro, do lúdico, da invenção.

Faremos um ato, que começa na definição da data.

E então se darão muitos atos, afim de alcançar uma data de abertura, que é a primeira exposição das idéias no panorama de analise, dos nossos movimentos.

Um grilo na minha tela de computador.

Não sai.

Sopro e sopro. Ele fica.

É Oswald de Andrade:

O Brasil é um grilo. Um grande grilo.


COMEÇO

ENCONTRO

Terão a coragem de se encontrar.

De saber falar suas coisas através de uma música.

Juntos.

Sairão pela praça, com suas sirenes.

Seu estandarte da OUTRA/BEATRIZ puta dos mistérios gozozos, fudidamente bela.

A sirene de ambulância faz o carnaval ser bloco eletrônico ambulante, móvel.

Cheio de personagens.

Ao chegarem em frente a MORTA,

o espaço Regina silencía o cortejo.

Pulso interior.

Andando no silêncio sozinhos, mas ali um com o outro não conseguem entrar no teatro.

É tudo delicado.

Corpos vazios, prontos, preparados,

corações badalando...

Todos olham todos.

Vem a tinta.

Trazida pela cenografia.

É tudo simples e claro.

A porta é pintada de branco.

Pulso interior.

Ouvidos na cidade.

Prosas.

E silêncio.

A porta fechada de nós está sendo clareada.

Porta pintada de branco.

Devemos abrir a porta?

O que tem por trás da porta?

A metralhadora, uma girafa?

Tapete banco estendido de tinta na parede e no chão estendido e desenrolado o nosso chão branco das clarezas sujas de Bachelard.

Cenário vazio.

Corpos tomam o lugar com a maioria.

Se afastam.

O vazio vai trazer algo.

A parede recebe a nossa entrada digital.

Uma porta digitalizada filmada luz, se abre.

Entramos no corpo fechado da cidade e das nossas cavernas.

Atenção!!!

Nosso interior está exteriorizado.

É UM PANORAMA DE ANÁLISE.

Entra o Hierofante...